sexta-feira, dezembro 23, 2005

desespero...

A sério soares, qual é o teu problema?!?!

quarta-feira, dezembro 14, 2005

alimentação ou gripe das aves?!?!?

terça-feira, dezembro 06, 2005

Dresden Dolls


Estou deslumbrado! Mais uma vez, rendo-me às evidências do que é realmente bom!

Dresden Dolls é uma espécie de música punk de cabaret com contornos Brechtianos. É deslumbrante!

Muito bom! E tudo apenas com uma bateria nas mãos de Brian Viglione, que faz lembrar o Malcolm McDowell no papel de Alex DeLarge no brilhante filme do Stanley Kubrick, A Clockwork Orange (Laranja Mecânica - também com uma excelente banda sonora!), e um piano nas mãos da sensualmente louca Amanda Palmer, que escreve todas as letras e também empresta a sua arrasadora e sensual voz.

Não resisto em transcrever aqui uns versos da magnífica música que é Good Day:

"i'd like to do more than survive:
i'd like to rub it in your face

hey it's been a lovely day
everything is going my way
i had so much fun today
and I'M ON FIRE"

domingo, dezembro 04, 2005

O único crime é ser-se humano

Bem, lá fui ao cimena ver o monhoso O Crime do Padre Amaro! E o resultado final é assimétrico e ambíguo! Não me arrependo, mas os motivos pelos quais não me arrependo são os mesmos que me levariam a comprar a GQ.

O filme do Carlos Coelho da Silva é francamente mau! Muito mau! É extraordinário como ele consegiu estragar a obra polémica que Eça tão bem imaginou. Se retirar-mos o elenco (não absolutamente de luxo, mas luxuoso q.b.), nomeadamente o Nico, o Melo, a Bustorf, o Ruy, o Samora, o Unas, o Wallenstein, o Lagarto, entre outros, não resta nada.
Obviamante não me refiro à "actriz" Soraia Chaves, porque não se pode dizer que seja mesmo actriz. Ou melhor, não é lá muito boa actriz mas é muito boa atráz! Francamente falando! É, sem margem para qualquer dúvida, o melhor que o infeliz filme tem. A Soraia e a cidade de Lisboa. Pelo menos também dá para matar umas saudades desta deslumbrante (e única a sério) cidade lusa! Mas é triste quando um filme vale pelas cenas de nudez e sexo, apenas!

O balofo Carlos Coelho da Silva (continua na moda usar três nomes, é chique!!!), é uma promessa em ascensão meteórica (duvidosa). Mas, cá para mim, não vai passar disso! O sucesso do filme (que não lhe cabe a ele, mas à Soraia), vai subir-lhe à cabeça. Ou, como diria Sá de Miranda, caso por aí andasse: "Ao cheiro dos montes de euros o reino se despovoa". Se este realizador (!) é um craque, que fique bem registado, então somos um país de craques! Aposto que nunca sequer viu filmes do Murnau ou do Mankievicz. É uma perplexidade típica, não só do cinema, mas que se estende a muitas áreas da sociedade tuga. É o mesmo que dizer: hoje aprendi a estrelar um ovo, amanhã sou consultor de restaurantes de nomeada.

Todos os dias oiço dizer que somos um país de opereta e, como diria o João Paulo Martins, também eu sou levado a considerar que esta afirmação está mais próxima da verdade do que seria desejável.

Somos um país de craques!