sábado, março 04, 2006

Woody Allen. Bauhaus. Pop Dell’Arte.


Meu caro amigo Woody Allen, adorei voltar a ver-te! Desta vez por terras minhas. Quando nos conhecemos, depois de mais um concerto teu e da tua New Orleans Jazz Band, nada fazia prever este encontro à beira Tejo. No acolhedor The Carlyle, na Madison Avenue, pousas o clarinete e decides vaguear por entre as mesas. Já imaginaste se não te convido para te sentares e beberes um gin tonic comigo? Nada teria sido igual, se não nos tivéssemos cruzado! Pena foi não ter conhecido a tua filha e mulher Soon-Yi. Coincidência ou não, também não esteve em Lisboa desta vez, aquando da tua actuação no CCB. Obrigado pela visita e pela companhia noite adentro, pelas ruas e bares do Bairro Alto. Volta sempre!


Peter, Peter! Meu amigo! Quem te viu e quem te vê! Bem vindos uma vez mais ao Porto, ainda que desta vez seja só pelo dinheiro! O facto é que os Bauhaus não estão mal de todo. Estão apenas... velhos! Velhos e sem ideias! Sem nada acrescentado. E que merda é essa de atirar pétalas de rosas vermelhas para o público? Sinceramente! Safou-se o tema "Transmission" dos Joy Division que foi uma boa surpresa. Para além dos hits de sempre e as versões dos Dead Can Dance "Severance" e do David Bowie "Ziggy Stardust". Embora anunciadamente o último espectáculo dos Bauhaus, eu não acredito. Voltem sempre!



Amigo João Peste! Tás como novo! Foi muito bom assistir ao espectáculo na Galeria Zé dos Bois, Bairro Alto! Ao fim de 20 anos os Pop dell’Arte estão perfeitamente contemporâneos, não fosse a preguiça e o desleixo (não necessariamente culpa vossa! Se calhar até mais por culpa do Rui Veloso. Mas isso é outra estória, certo?). Esse estilinho pós-punk multilingue fica-vos bem! Senti-me bem, afinal era o meu aniversário. Apesar do aquário estar a abarrotar de trintões e outros nem tanto (e outros mais que isso)! Foi com distância e frieza que lá reproduziram os temas saudosos, a saber, entre outros, “Querelle”, “Rio Line”, “My Funny Ana Lana”, “Illogik Plastik”, “Poppa Mundi”, e também com um ar um bocado feio! Mas, como disse, foi excelente! Ou então como disse o Rodrigo Nogueira: “Não é todos os dias que se vê uma das melhores bandas portuguesas de sempre, e se desfruta da sua música sem entrar em revivalismos parolos, já que os Pop Dell’Arte, mesmo 20 anos depois, continuam a evoluir, sempre com a máquina bem oleada e agradável de se ver.” Avanti Marinaio! Voltem sempre! Ámen!